Quando um Burro Fala os Outros Baixam as Orelhas
Historicamente, a função de orador tem a sua origem nas lojas francesas e escocesas, não existindo, ou existindo facultativamente nas lojas anglo-saxónicas ou, mais recentemente, nas americanas.
Ainda, historicamente, a função de orador surge referida com notas públicas, pela primeiro vez, em 1737, na descrição das Oficinas da Loja Francesa de Corestas-Villeray. No ano seguinte em 1738,o célebre Ramsay é nomeado Grande Orador da Grande Loja. O certo é comprovadamente, se pode falar da existência do cargo de Orador de Loja em todas as Lojas registadas em França no ano de 1744.
Do ponto de vista histórico é claro que a função de Orador surge com a necessidade de credibbilizar e organizar o movimento maçonico no início do segundo quartel do século XVIII, dando consolidação a uma nova mentalidade, uma nova organização, uma nova maneira de estar e ser maçon que marca a transição da maçonaria dita operativa para a que chegou até aos nosso dias, apelidada de maçonaria especulativa.
O orador é, quando existe, – no caso dos ritos de York ou de emulação, por exemplo, a função de Orador é desempenhada pelo Capelão – um das principais Oficiais em Loja.
Normalmente é o quarto na ordem de precedência e fica sentado no Oriente, à mão esquerda do venerável.
É o guardião da lei maçonica, do cumprimento das regras, regulamento, ordens, usos e costumes.
Consubstância a Força, a beleza, a Sabedoria e a Iluminnação, Superior ao Venerável au divina, do Grande Arquitecto, reune a uma só vez as funções do Venerável, do 1.º e do 2.º Vigilantes. É uma pedra lapidar, de toque, de equilíbrio, de justiça. Deve, com força opôr-me a todas as deliberações contrárias aos landmarks, regulamento da Obediência em geral e regulamento particular da loja. Deve com beleza construir pranchas de arquitecto que patenteiem a sua Mestria e a Maturidade e Experiência partilhadas pelo colectivo vivo que é a Loja.
Deve iluminadamente ser o braço esquerdo do venerável, mas também como conselheiro ou na antiga função de “procurador do Rei” – Rei Salomão neste caso – ser a uma só vez inflexível e tolerante.
O Orador é, e neste caso gostaria de o sublinhar, em função de um passado recente da Loja, o único oficial em Loja com poder real e autoridade efectiva para chamar a atenção ou emendar o Venerável Mestre. Ele é o único Oficial em Loja que, sempre que o querira pode intervir, sem recorrer à autoridade do Venerável. E como a sua palavra é lei, a ele se recorre como a última palavra em Loja, aguardando das conclusões dos trabalhos.
É ele, também, o garante da linguagem simbólica e do simbolismo do próprio ritual. A par dos responsáveis pela formação do 1.º e 2.º grau, os 2 vigilantes, o Orador têm a obrigação de ser um formador constante, um “Mestre Escola” até das próprios Mestres.
A sua jóia simboliza o livro da lei em alusão aos livros sagrados, à palavra de Deus, Gr. Sr. do Universo, mas também ao livro da lei material que é a constituição e o regulamento da G. L. e o da própria Loja.
As suas pranchas de circunstância ou de intervenção não podem nem devem de perder de vista a harmonia, o bem estar, a segurança, a fraternidade, a solidariedade como um Sol que recebe e que dá – alusão ao Sol que está por cima e que representa o próprio Orador na definição astrológica ele domina Júpiter que é o Venerável.
Faz parte da Comissão de Justiça e por isso deve sancionar previamente todas as pranchas de qualquer grau que os seus irmãos queiram apresentar entre colunas.
Pela leitura da árvore séfirotica. O Orador é a sagesse! A Sabedoria para mim, na minha peculiar maneira de estar e ser na Affonso Domingues e na Maçonaria, o Orador com a Sabedoria será sempre um eterno aprendiz de Orador.
Autor Não Identificado