Os Vigilantes
Os membros das Lojas Maçónicas estão divididos em três categorias, Aprendiz, Companheiro e Mestre, segundo a sua antiguidade e a sua evolução na tarefa de auto-aperfeiçoamento que constitui o desiderato maçónico.
Os Vigilantes são os elementos das Lojas que têm a função de acompanhar, orientar e auxiliar, os Companheiros (1.º Vigilante) e os Aprendizes (2.º Vigilante), quer na sua integração na Loja, quer no conhecimento e compreensão dos princípios e valores maçónicos, instrumentos para o pretendido auto-aperfeiçoamento pessoal, ético e moral.
Esta tarefa é sobretudo individual, pelo que os elementos que as Lojas designam para acompanhar esses obreiros não têm como função ensinar, antes auxiliar, estar atentos às necessidades e ao desenvolvimento de cada elemento a seu cargo, em suma, estar de vigília junto dos elementos que tem a seu cargo, em ordem a poderem, sempre que e quando necessário, intervir, sugerir, esclarecer e, assim, auxiliar a desejada evolução de cada um deles. Daí a designação de Vigilantes.
Constituindo a principal tarefa de uma Loja Maçónica o auto-aperfeiçoamento, constante e contínuo dos seus membros, com o auxílio do grupo (tarefa nunca finda), obviamente que se tem especial cuidado com os elementos mais recentes, que é suposto serem os que mais necessitam desse apoio. Assim, os Vigilantes são, imediatamente após o Venerável Mestre, os elementos que exercem as funções de maior responsabilidade da Loja. Normalmente, são designados para as funções de Vigilantes maçons experientes, que exerceram já diversas funções em Loja e que, por isso, a conhecem bem. Procura-se assim auxiliar a rápida e frutífera integração dos novos elementos no grupo e nos seus Princípios, Valores e Ideais.
O 1.º Vigilante simboliza a Força (fortaleza de carácter, força moral, mas tembém a força concreta das acções, no sentido em que toda a obra, toda a construção, humana só persiste se tiver força para se manter, por si só); o 2.º Vigilante simboliza a Beleza (beleza das virtudes morais, mas também a beleza que se deve procurar imprimir em todos os nossos actos e em tudo o que construímos; “forte e feio” é, manifestamente, menos perfeito que “forte e belo”).
Ao conjunto constituído pelo Venerável Mestre e pelos Vigilantes é costume dar-se a designação de “Luzes da Loja”, pois que a iluminam com as três qualidades que devem nortear todos os actos e obras de um maçon: Sabedoria, Força e Beleza.
Todas as decisões relativas à Loja que necessitem de ser tomadas entre reuniões são tomadas em conjunto por estes três elementos.